A escritora Chapadense, doutora em História, Amélia Alves, lançou na última quarta-feira (20), na Biblioteca Municipal Dona Maria Carlosso Finn, em Campo Verde, o seu último livro: Leis Abolicionistas: Dos Tratados Pela Abolição do Tráfico de Africanos à Lei Áurea – Fundamentos do racismo no Brasil, publicado pela editora Entrelinhas.
A escritora apresentou o livro e realizou uma roda de conversa com a secretária de Educação Simoni Pereira Borges e alguns professores de história, geografia e língua portuguesa da rede municipal. Expôs dados e fontes levantados para a elaboração do livro, promovendo um interessante debate e importantes reflexões sobre tráfico negreiro, escravidão, maus-tratos, as leis abolicionistas no Brasil e suas repercussões no Mato Grosso.
Para a escritora, a escola é um importante local de reflexões e formação de indivíduos antirracistas. “Entendendo a sala de aula como espaço privilegiado e transdisciplinar ao ensino da nossa história e à reflexão, ao questionamento, ao pensamento crítico sobre a estruturação do Estado brasileiro fomentando e fortalecendo mentalidades racistas”, enfatizou
A secretária de Educação, Simoni Borges ressaltou a importância da obra Leis Abolicionistas: Dos Tratados Pela Abolição do Tráfico de Africanos à Lei Áurea – Fundamentos do Racismo no Brasil e salientou que ela é um importante subsídio para incrementar as aulas de história da rede Municipal de Ensino, contribuído para atender a Lei 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e da cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.
A escritora doou exemplares de sua obra à Biblioteca Municipal e autografou alguns exemplares para os professores presentes no evento.
Amélia Alves é historiadora e pesquisadora da diáspora africana para o Brasil, debruçando-se sobre temas como etnografia histórica e formação de Comunidades Rurais Remanescentes de Quilombos. É Mestre pela Universidade Federal do Mato Grosso e Doutora pela Universidade do Porto, em Portugal. Atualmente, dirige o Instituto de Estudos Socioculturais (IESC). Desenvolve investigação em Racismo e educação numa perspectiva da estruturação do racismo a partir do século XIX no Brasil, Leis Abolicionistas e políticas de branqueamento pós-República. Promove seminários e Jornadas na educação, socializando dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre o colonialismo, escravidão e racismo, junto aos professores de escolas públicas do ensino fundamental.