O Mais Leite, lançado nesta sexta-feira (03), é o primeiro projeto que a Secretaria de Assistência Social desejava implantar em Campo Verde. O alimento doado por uma propriedade rural é entregue diretamente para famílias de baixa renda inscritas nos programas sociais da prefeitura.
Marinalva Pereira da Silva é uma das moradoras beneficiadas pelo projeto. “É importante porque vai ajudar muito. Para muitas famílias, não é tão simples comprar um litro de leite. A gente agradece muito a Deus e a todos aqueles que estão fazendo isso para nos ajudar. Obrigado! ”, agradece.
O leite está presente na vida da maioria dos brasileiros. Está nos supermercados, padarias, restaurantes, na mesa do café. Com propriedades nutricionais importantes, “pode ser usado na prevenção de doenças e amenizar o desconforto gástrico como a acidez. Além de ser um alimento construtor, já que o cálcio que forma sua base ajuda diretamente na saúde dos ossos”, explica Márcia de Souza Lima, produtora e médica veterinária parceria do Projeto Mais Leite.
ECONOMIA LOCAL
A geração de emprego e renda estão ligados à cadeia produtiva, assim, a pecuária do leite está presente em cerca de 98% dos municípios brasileiros. O Brasil produz 34 bilhões de litros por ano, 50% desse volume vem dos pequenos produtores, sendo um dos setores que mais geram emprego no país. Ao todo, a produção do leite representa, aproximadamente, 4 milhões de postos de trabalho no campo e na cidade.
“Muitos produtos podem ser criados a partido do leite. Tanto é que ele é utilizado pelas indústrias de medicamentos e cosméticos. Por ter um caminho amplo de distribuição, o alimento é a base da alimentação e da economia da agricultura familiar”, conta Souza Lima.
SAÚDE ANIMAL
Segundo Milena Vandoni de Moura, médica veterinária do INDEA – Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, o bem-estar animal é necessário para uma produção de qualidade. “Um animal sem dores, sem doença, bem alimentado e com boa hidratação, assim como o uso correto de medicamentos, produz leite de melhor qualidade”, diz.
Moura também chama a atenção para a importância do uso de EPI – Equipamentos de Proteção Individual e o descarte correto dos frascos de medicamentos “principalmente o descarte de frascos de antibióticas que não devem ser descartados próximos aos cursos d´água por causa da contaminação. Outra preocupação de contaminação cruzada é com o reaproveitamento de embalagens de ração a exemplo de proteína de origem animal que não deve ser oferecida a animais ruminantes por causa da disfunção genética que pode causar a doença da vaca louca”, orienta.
O Projeto Mais Leite é realizado através de doações, neste caso, as empresas e pessoas interessadas em ajudar podem entrar em contato com Secretaria de Assistência Social pelo telefone (66) 3419-3516.