Em parceria com o Poder Judiciário, a Secretaria Municipal de Educação está desenvolvendo um projeto chamado “Círculo de Construção de Paz”, que envolve a participação de 466 alunos do 6º ao 9º ano das Escolas Dona Maria Artemir Pires, Dona Sabina Lazarin Prati, Paraíso e Monteiro Lobato.
Durante os encontros, que são coordenados por facilitadores capacitados (professores e serventuários da justiça) os alunos são dispostos em círculo e têm liberdade para falar de suas angústias, das suas dores, dos seus medos, dos seus problemas.
Secretária municipal de Educação, Simoni Pereira Borges ressaltou que o projeto está sendo desenvolvido nessa época do ano para coincidir com a “Semana do Estudante” e por também estar sendo aprovada a Lei que permite a parceria entre o Poder Judiciário e a Educação.
De acordo com Simoni, o Projeto Círculo de Construção de Paz é uma ferramenta que a justiça restaurativa tem usado “para construir elementos de diálogo dentro da justiça e que agora está sendo trazida também para o campo da educação”. “Pensando numa possibilidade de amenizar as situações de conflito desde a infância”, ressaltou.
“Com a adoção de práticas restaurativas, entre elas os Círculos de Construção de Paz, os alunos são convidados a refletirem sobre uma temática específica e essa dinâmica favorece que eles se coloquem no lugar do outro, pois são partilhadas experiências de alegria e dor, de força e vulnerabilidade, e, por consequência, faz com que passem a agir de forma mais cooperativa e empática”, observou a Juíza da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Campo Verde, Maria Lúcia Prati.
A magistrada destacou também que esse grande movimento, que vai de 8 a 12 de agosto, trará impactos positivos que poderão ser sentidos durante o ano letivo. “E, certamente, com a implantação do programa municipal de prática de construção nas escolas, incorporando a cultura da paz e do diálogo na prevenção e acompanhamento dos conflitos, poderemos obter resultados ainda mais positivos, com o desenvolvimento do senso de responsabilidade dos alunos e do pertencimento na comunidade escolar e, com isso, a prevenção de violência e a transformação desses participantes em multiplicadores de ações restaurativas”, disse ela.