A Secretaria de Cultura, Lazer e Esporte de Campo Verde deu início, na noite dessa terça-feira (22), ao projeto piloto do Clube do Livro da Biblioteca Municipal Maria Carlosso Fin. Quinze pessoas se uniram e vão analisar, após este primeiro encontro, o livro “Aos elefantes que habitam a lixeira”, do escritor de Primavera do Leste, Gabriel Francisco da Silva.
Gabriel tem apenas 24 anos e sua primeira obra foi escolhida para análise do Clube do Livro após uma doação de exemplares à Prefeitura de Campo Verde. Segundo ele, o trabalho une série de textos que escreveu em momentos delicados de sua vida, quando as emoções alcançavam picos.
“Foi como uma fuga. São pequenas frases, pequenas poesias e contos, que escrevi em situações de tristeza, de alegria, coisas que passei quando era pequeno e não entendia. Colocava para fora coisas ruins, transformando em boas, e também colocando coisas boas para fora”, explica.
Idealizado por alunos do ensino médio de Campo Verde, o Clube do Livro entra numa fase experimental, podendo ser adotado como projeto definitivo da Prefeitura Municipal.
De acordo com a secretária de Cultura, Lazer e Esporte, Izaurides Kesia, é uma maneira de fomentar a leitura, mas também de usar o espaço público da biblioteca municipal como uma “casa” para a população.
“A leitura nos permite coisas inimagináveis e gostaríamos que todos vivenciem a alegria de ser um bom leitor, de fazer uma boa leitura e que possamos oferecer esse espaço de boa leitura. Que as pessoas vejam a biblioteca de Campo Verde como espaço para abraçar esses amantes da leitura”, afirma a secretária.
O secretário de Cultura de Primavera do Leste, Wanderson Lana, fez essa ponte entre o escritor e a Prefeitura de Campo Verde. Como entusiasta das artes, afirma ter novo estimulo ao ver este projeto idealizado por pessoas tão jovens.
“Toda essa ideia partiu de adolescentes. Acredito muito nos jovens. Muito do que tenho na minha vida como referência é desse período. Gosto da potência que eles têm de acreditar no que são e no que fazem”, disse.
Para Gabriel Francisco, o Clube do Livro permite, sobretudo, “o compartilhar”.
“Usei a escrita para que gere coisas boas. Então, debater isso, ver a perspectiva das outras pessoas e ver como as influenciou também, é muito importante para mim”, concluiu.