O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, enviou um vídeo aos prefeitos e secretários municipais para explicar como deve ser feita a vacinação contra a Covid-19. No vídeo, ele esclarece as possíveis sanções aos gestores que criarem novos grupos prioritários para a imunização.
De acordo com Figueiredo, ao criar novos grupos, que ainda não estão na fila de prioridade do Plano Nacional de Vacinação, preconizado pelo Ministério da Saúde, esses gestores prejudicam outros grupos que teriam direito à imunização.
“Quando nós não cumprimos o Plano Nacional, estamos prejudicando alguém que deveria ter prioridade para receber a vacina. Peço a todos os gestores que tenham o maior zelo no trato dessas vacinas e que respeitem aquilo que está estabelecido no Plano Nacional e nas resoluções CIB emanadas pelo nosso Estado”, pediu.
O secretário explica que o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, elaborado pelo Ministério da Saúde, auxiliado por câmaras técnicas de vários especialistas, prioriza várias categorias para receber a vacina, já que não existe vacina, nesse momento, para toda a população. Depois disso, a vacina é remetida aos Estados, que tem a obrigação de seguir o que está preconizado no plano nacional, pois é lei.
“Estamos notando no estado de Mato Grosso que gestores municipais, alguns prefeitos, estão tomando decisões adversas das resoluções emanadas pelas CIBs e contrariando as orientações do Ministério da Saúde. Isso traz um desconforto, um estrangulamento do plano, porque quando o município anuncia vacina a um público que ainda não está na ordem prioritária, ele traz consequências para os demais municípios, que são cobrados pela mesma atitude”, afirma na mensagem.
Segundo ele, cada remessa da vacina que chega aos estados, já é acompanhada por uma nota técnica definindo para quais categorias são destinadas. Inclusive se são para primeira ou segunda dose da imunização.
“Nós gostaríamos muito de ter vacina para toda a população, mas o gestor principal do plano, que é o provedor das doses da vacina, é o Ministério da Saúde. Então, quero fazer um apelo aos senhores: cumpram as decisões emanadas nas resoluções editadas em nosso Estado. Não avance o sinal. Não criem fura-filas, não criem públicos adicionais não elencados nesse momento, porque teremos sérias consequências”, alerta.
Em entrevistas recentes, Gilberto Figueiredo alertou, inclusive, para a possibilidade de esses prefeitos e secretarias de saúde serem enquadradas no crime de improbidade administrativa ao criar novos grupos, pois estariam incentivando os chamados “furas-filas” da vacinação, que são imunizados em detrimento de grupos prioritários.
Veja o vídeo: