O prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes, concedeu entrevista à Rádio CBN Cuiabá, nesta quarta-feira (19), e falou sobre priorizar os investimentos na industrialização da cidade, como forma de desenvolver, gerando emprego e renda. O assunto também foi pauta de reuniões em Brasília, na terça-feira (18).
“É uma prioridade não só para os próximos meses, mas para os próximos anos. Essa prioridade foi levantada desde o momento em que rodamos a cidade fazendo campanha e entendendo as necessidades das pessoas, que é a industrialização. Hoje precisamos gerar emprego e é uma pauta que não cabe apenas a Campo Verde, mas ao estado inteiro”, afirmou, em entrevista aos jornalistas.
Campo Verde é produtora de produtos primários, especialmente algodão, soja e milho. Para o prefeito, investir do Distrito Industriário permitirá que esses produtos saiam da cidade de outras formas, garantindo empregos e ganhos financeiros muito maiores.
“Hoje somos os maiores produtores de algodão do Brasil e vendemos daquela maneira primária, na pluma. Uma arroba de algodão pode ser transformada em 20, 25 camisas, por exemplo. Posso pegar a arroba, que vendo a R$ 150, e vender por R$ 2 mil em um produto já verticalizado. É fácil? Não é. Mas o mais difícil nós temos, que é o produto primário. Temos soja, milho, que podem sair em forma de óleo, farelo. Resolvemos grande problema no quesito desenvolvimento, mas também de renda para quem mora e trabalha ali”, explicou.
Em Brasília, o assunto foi tratado em reunião com o secretário Nacional de Saneamento, Pedro Maranhão, do Ministério do Desenvolvimento Regional. O prefeito propôs parceria e busca recursos para a infraestrutura do Distrito Industrial de Campo Verde.
“Propusemos que o Governo Federal abrace conosco essa causa. Apesar da pujança agrícola de Campo Verde, a cidade esteve adormecida, por um tempo, no processo industrial. E um dos pilares da nossa gestão é difundir esse momento. Hoje temos um distrito industrial que não tem a infraestrutura devida, então a grande cobrança junto ao Ministério e parceiros públicos, é que entendam a necessidade de drenagem, pavimentação, porque o processo industrial passa pela industrialização desse distrito. É uma obra cara, sabemos que deve custar acima de R$ 20 milhões, mas temos que fazer esse enfrentamento e chegar em algo que realmente resolva”, disse.
À CBN Cuiabá, garantiu que trabalha politicamente e pessoalmente para que a industrialização ocorra.
“Tenho um compromisso muito forte com isso. Aquilo que depender de movimento político e pessoal, não tenha dúvida que ocorrerá.”